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A ciência concorda com a poesia: ritmo, melodia e movimentos são exclusivos do homem, fundamentais na evolução humana e com efeitos ativos no cérebro. Pessoas com Alzheimer ou que sofreram derrame respondem a
estímulos da música, por exemplo.O musicoterapeuta e professor de YOGA
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No Yoga, há várias maneiras de se beneficiar com a música, que passam do Bhakti ao Nada Yoga (veja detalhes a seguir). Krucis, músico discípulo do sitarista indiano Ustad Aashish Kahn, acredita fortemente na música como meio para sair do estado de estresse. “As pessoas deixam o pensamento brotar demais, e a música traz a pessoa para o foco. Toda possibilidade de cura vem do esvaziamento, para que a pessoa consiga se ver, enxergar o mal que a atinge”, diz.
Krucis acompanha professores em aulas de Yoga e também oferece sessões particulares de Nada Yoga. “O trabalho é tocar para o aluno/ paciente relaxar. É resgatar o som interno de cada um, que é como um DNA para a pessoa entrar em contato com o seu eu no aqui e agora – esse é o ‘religar’ da pessoa”.
Musicoterapia
Diogo Camargo
A sessão começa com uma aula particular de Hatha Yoga para o paciente se aquietar, soltar o corpo e conectar-se consigo. No consultório equipado do novo centro Natureza do Ser, os processos variam de acordo com o que Diogo intui para cada paciente. Uma das possibilidades é COMEÇAR
pelo didgeridoo (uma espécie de berrante dos aborígines australianos, popularizado pela banda Jamiroquai). O musicoterapeuta faz o instrumento vibrar em várias partes do corpo do paciente.
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Depois, o som da tigela tibetana ressoa sobre o chakra do coração. Na sequência, deita-se em uma mesa lira, que é uma caixa de ressonância, com 42 cordas de aço embaixo, todas afinadas no mesmo tom. Diego dedilha as cordas, variando a velocidade e a intensidade, e o paciente percebe as vibrações por todo o corpo, através do campo de ressonância. Essas vibrações atuam na base da espinha, espalhando-se pelas vértebras, estimulando o sistema nervoso e os chakras. A sessão pode terminar com Diogo no violão convidando o paciente a improvisar, tocar as notas que quiser em um xilofone.
Diogo trabalha desde 2007, quando se formou em musicoterapia na FMU e em Yoga, pelo Instituto de Yogaterapia de Campinas, espaço de sua mãe, que trabalha com o Yoga desde que ele nasceu.
Bhakti YOGA![](http://cdncache1-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png)
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Jai Uttal
Muitos de nós pensamos o YOGA
como um conjunto de exercícios que oferecem mais beleza física e estamina, com ocasionais meditações para efeitos calmantes. Mas isso é só uma pequena parte. E o coração? E o mar das emoções humanas?
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Milhares de anos atrás, os rishis (videntes, sábios) nos deram os sistemas do YOGA
para nos trazer a um estado de harmonia, paz e união com o Divino. Esses yogis tinham consciência de todos os níveis – físico, mental, emocional – que compõem o ANIMAL
humano, e criaram práticas para levar luz a todo o ser. E eles nos deram o Bhakti Yoga, o Yoga da devoção, que canaliza a energia que pode nos levar à liberação e a usa como ponte para nos levar de volta à nossa Fonte.
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A essência do Bhakti é a entrega – oferecer um eu individual ao grande oceano de consciência pura. A prática nos leva a um reino onde as qualidades racionais são pouco poderosas perto do vasto oceano do sentimento. O coração conduz.
Kirtan, a prática de cantar os nomes ou mantras dos deuses e deusas, é talvez a técnica mais importante em Bhakti Yoga. Externamente, estamos apenas cantando músicas repetitivas com melodias simples. Tentamos colocar nossas mentes analíticas de lado e cantamos com o coração. Então a mágica acontece. Imergimos no infinito rio da oração que flui desde os primeiros humanos.
Às vezes, quando canto, sinto a presença de Radha e Krishna ou Shiva ou Hanuman, e outras vezes as canções me levam ao fundo do meu coração. E às vezes não sinto nada espiritual.
Mas quer saber? Não importa muito para mim. Entendo que a minha mente é um mecanismo limitado e que o reino miraculoso do espírito pode ser compreendido apenas pelo espírito. Crenças têm seu valor. Mas para mim o coração é muito mais importante. Como posso ser um bom pai e marido? Como posso manter o meu coração aberto?
Nada Yoga
Julio Gopala
O que é Nada Yoga?
Tenho utilizado a palavra naad, que soa mais próxima do sânscrito e não induz ao niilismo! Naad Yoga é uma prática muito antiga, inerente ao Tantra, Hatha Yoga, Bhakti Yoga e sufismo, apenas como referências. Na verdade ela consiste no desvendar interno da nossa própria natureza sonora e vibrante, acessando diretamente a energia shakti por meio de exercícios prânicos sutis. É uma via muito direta de sentir e descobrir a si mesmo.
Tenho utilizado a palavra naad, que soa mais próxima do sânscrito e não induz ao niilismo! Naad Yoga é uma prática muito antiga, inerente ao Tantra, Hatha Yoga, Bhakti Yoga e sufismo, apenas como referências. Na verdade ela consiste no desvendar interno da nossa própria natureza sonora e vibrante, acessando diretamente a energia shakti por meio de exercícios prânicos sutis. É uma via muito direta de sentir e descobrir a si mesmo.
Como é o seu trabalho que envolve música e YOGA
/ meditação?
É uma abordagem natural, que se desenvolve a partir da própria sensibilidade do praticante para respirar, cantar e meditar. Como em outras vertentes, é importante estar “de bem” com o próprio corpo, por isso sempre sugiro uma prática de asanas paralelamente. O pranayama ajuda a oxigenar o cérebro e permite um fluxo prânico benéfico à utilização posterior da voz. Aqui também aprendemos a gostar da nossa própria capacidade vocal, liberando preconceitos estéticos ou padrões de baixa autoestima relacionados. Em seguida são aplicadas técnicas que integram raga e mantra visando à meditação.
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É uma abordagem natural, que se desenvolve a partir da própria sensibilidade do praticante para respirar, cantar e meditar. Como em outras vertentes, é importante estar “de bem” com o próprio corpo, por isso sempre sugiro uma prática de asanas paralelamente. O pranayama ajuda a oxigenar o cérebro e permite um fluxo prânico benéfico à utilização posterior da voz. Aqui também aprendemos a gostar da nossa própria capacidade vocal, liberando preconceitos estéticos ou padrões de baixa autoestima relacionados. Em seguida são aplicadas técnicas que integram raga e mantra visando à meditação.
Você vem do jazz e se especializou em música indiana. Acha que outros gêneros podem ser utilizados com quem não tem paciência com sons indianos?
Qualquer música é um bom começo, mas se desejarmos sentir mais os harmônicos (shruti) entre as notas e acessar a profundidade dos mantras, a música indiana aliada à tradição védico/tântrica ainda são dificilmente substituíveis. É bom frisar que muito do que se escuta em centros de YOGA
não se trata realmente de música indiana, mas sim de uma galera bem-intencionada que canta e toca melodias ocidentalizadas, agregando mantras ou bhajans indianos. Por razões culturais, não se poderia esperar que fosse de outra maneira. A vibração e os resultados são, porém, necessariamente distintos do trabalho mais tradicional. Aqui falamos de gunas (modos complementares da natureza), gravitando de rajas (agitado) a sattwa (tranquilo, harmonioso). Mas no final toda expressão sincera é válida, pois abre canais sonoros. Obviamente existem muitas vias, a questão é transformar a coisa em sadhana e fazer as pazes com a dona paciência! Seja como for, passos bem orientados, com o tempo, deixarão a pessoa satisfeita.
Qualquer música é um bom começo, mas se desejarmos sentir mais os harmônicos (shruti) entre as notas e acessar a profundidade dos mantras, a música indiana aliada à tradição védico/tântrica ainda são dificilmente substituíveis. É bom frisar que muito do que se escuta em centros de YOGA
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Fonte:SAber Viver
06:58
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